18/02/2019
BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) tem participação importante
Historicamente falando...
No dia 24 de março de 1961, em sua primeira reunião com governadores na figura de presidente da República, em Florianópolis, Jânio Quadros acertou os ponteiros para a criação de um banco que fosse capaz de fazer com que o desenvolvimentismo nacional também pudesse chegar aos três Estados do Sul. O movimento foi encabeçado pelo gaúcho Leonel Brizola (PTB), que com apoio do catarinense Celso Ramos (PSD) e do paranaense Ney Braga (PDC) conseguiu convencer o governo federal a criar o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
Formada por cinco membros, a diretoria do banco é composta por um representante indicado pelo governador de cada Estado, um de escolha comum ou por maioria de indicação dos governadores dos três Estados e um indicado pela União. A diretoria e presidência do órgão são ocupadas em sistema de rodízio, cujos mandatos encerram em fevereiro deste ano.
Dos três governadores eleitos, Moisés foi o único que não citou o BRDE em seu plano de governo. Enquanto Ratinho Júnior elencou propostas para o desenvolvimento regional através da requalificação e reorganização do sistema paranaense de fomento, incluindo o BRDE, e o governador Eduardo Leite fala em incrementar financiamentos para o setor produtivo por meio do banco, em Santa Catarina, até o momento não há sinais de como a Casa D’Agronômica vai se utilizar da estrutura.
Há 12 anos no BRDE, o ex-deputado constituinte Renato Mello Vianna lembra que a cadeira destinada aos membros da diretoria exigem muito mais do que conhecimento técnico. São a expertise e a experiência pública que têm trazido ao banco resultados invejáveis.
Entre 2004 e 2008, Santa Catarina foi o sexto maior Estado a receber recursos do BNDES, que aportaram por aqui através da mediação do BRDE, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará e Maranhão.
Veio do BRDE, por exemplo, a linha de financiamento para início das operações da WEG, de Jaraguá do Sul, que hoje é uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo. Na década de 1980, o banco viabilizou a implantação do polo petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, e atualmente destina 60% de seus investimentos no Paraná às cooperativas agropecuárias. Em Santa Catarina, o BRDE investiu pelo menos R$ 300 milhões na área de tecnologia e inovação, permitindo a instalação do Sapiens Parque, no Norte da Ilha.
Investimentos
Em Santa Catarina, os maiores investimentos são direcionados aos municípios, que tiveram acesso facilitado aos recursos do banco com os programas Avançar Cidades e Fundam. “Nesses programas conseguimos chegar aos 295 municípios do Estado”, diz Vianna. O segundo setor que mais financia com o banco é o agroindustrial. Energia, indústria de transformação e comércio também estão entre as principais contratações. Em 12 anos, o BRDE gerou 675.700 empregos nos três Estados. Em Santa Catarina foram 168 mil indiretos e 33.606 diretos.
Fonte: ND+ Estados